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Os Tratados de arquitetura que ganharam o Novo Mundo

  • Destaque 2-palavras, História e Patrimônio, Palavras, Sub-Editoria Palavras
  • 2023-12-21
  • Sem comentários
  • 5 minutos de leitura

Parte 1

No final do século XV, muitas nações europeias se lançaram a novos mundos, por terra e por mar. O domínio efetivo e a colonização/exploração demandaram-lhes uma mão de obra específica, que pudesse erguer fortificações, pontes, abrir estradas e construir cidadelas muradas, afinal os povos originários desses lugares deveriam se render aos novos “donos do poder”. Ao lado da ampliação geográfica do mundo conhecido, novas invenções, como a imprensa, e a renovação que o Renascimento trouxe, tanto ao associar as artes plásticas e as ciências, quanto à imersão no legado greco-romano nos diversos campos da atividade humana, promoveram um desenvolvimento técnico nunca visto no Ocidente. A visão humanista da Renascença fundiu o artista e o cientista em muitos aspectos. A interação entre a arquitetura, a pintura e a escultura exigiu-lhes um profundo conhecimento da Geometria e da Matemática, e a imprensa lhes permitiu difundir suas ideias não apenas na obra pronta, mas na obra escrita, desenhada, esquematizada. Conceitualmente, este foi o combustível que incentivou a produção de manuais e tratados, prática que permaneceu até a primeira metade do século XX em vários países.

É fato que as cidades italianas foram o berço do Renascimento na Europa. O imortal italiano Leonardo da Vinci, que se destacou como cientista, pintor, escultor, arquiteto, engenheiro, inventor, matemático, poeta e músico, é o maior exemplo de um pensador renascentista. Uma das suas obras mais conhecidas é o homem vitruviano. Vitrúvio, engenheiro militar romano a serviço do imperador Otávio Augusto César, entre 33 e 14 a.C., escreveu o tratado de arquitetura mais antigo que se tem conhecimento. Seu texto, De Architectura Libri Decem, foi reapropriado pelos humanistas, influenciando fortemente os homens de letras e artistas renascentistas (LAMERS-SCHÜLTZE, 2003). Entretanto, o texto mais marcante de Vitrúvio foi aquele exposto no Livro III, que, interpretado por vários arquitetos do Renascimento, gerou o homem vitruviano. As ilustrações, assinadas por da Vinci (1490), da Verona (1511), Cesariano (1521) e Scamozzi (1615) são a representação gráfica do texto que trata das proporções do corpo humano criando uma analogia com a arquitetura.

Leonardo da Vinci e suas obras: o homem vitruviano e o esquema de uma asa.

O Renascimento trouxe uma nova metodologia de aprendizagem pautada num processo de argumentação, tanto oral quanto escrita, o que permitiu a produção dos tratados de arquitetura para orientação e formação profissional. Redigidos de forma didática, eram acessíveis aos amadores esclarecidos e à burguesia, tornando, assim, o arquiteto uma pessoa pública, voltada à publicação e à difusão do seu saber (LAMERS-SCHÜLTZE, 2003). Do domínio quase exclusivo dos construtores góticos, a arte de construir tenta, por meio da escrita e da representação gráfica, uma universalização. Uma universalização, porém, da linguagem e da forma, não da técnica de construir.

Leon Batista Alberti (1404-1472), humanista nascido de uma família rica da nobreza de Florença, não era arquiteto de formação, mas foi responsável pelo primeiro estudo crítico sobre a obra de Vitrúvio. Ao retomar as descrições vitruvianas, consideradas de difícil entendimento, Alberti estabeleceu um sistema de classificação onde expôs, de maneira clara, as variações dos capitéis, entablamentos e bases presentes nos monumentos (partes de um edifício da arquitetura grega e romana, também chamada de clássica). Sua principal obra, De Re Aedificatoria (1442-1452), levou dez anos para ser concluída. Nela, apesar de não possuir ilustrações, a valorização da Geometria e do círculo como a forma perfeita estão presentes.

Retrato de Alberti (Cechi, 1769); Capa do Tratado e sua obra, o Palácio Rucellai, Florença (1450-1460)

Sebastiano Serlio (1475-1553/1555), pintor e arquiteto nascido em Bolonha, não deixou um tratado acabado, mas um conjunto de nove escritos sobre a arte de construir que foram publicados separadamente a partir de 1517, sem qualquer ordem, parte em Veneza, parte em Paris e em Lyon. Serlio possibilitou por meio dos seus livros ilustrados que o debate sobre os problemas arqueológicos e a arquitetura se tornasse parte de uma formação geral, da cultura de uma época que se estendeu até o século XVIII. Contemporâneo de Miquelângelo, foi responsável pela primeira compilação de elementos e componentes arquitetônicos, totalmente ilustrados e em escala. Seus livros foram amplamente empregados pelos italianos, franceses, ingleses, alemães e flamengos e eram considerados um dicionário ilustrado de arquitetura. Após sua morte foi publicada a obra completa, que foi chamada de Tutte l’opere d’architettura et prospettiva.

Retrato de Serlio (Passerotti, c. 1580); ilustração e capa do exemplar em espanhol (1552)

Pietro Cataneo (aprox. 1510-1571), engenheiro militar, arquiteto e teórico da arquitetura, escreveu sobre fortificação de castelos e de cidades no território de Siena. Sua obra, A Arquitetura de Pietro Cataneo, publicada em Veneza no ano de 1554, estimulou o surgimento de novos tratados que falavam desses temas. Cataneo tornou-se leitura obrigatória entre os arquitetos portugueses desde o século XVI, influenciando, principalmente, a arquitetura religiosa nos territórios conquistados na Índia. O modelo das igrejas em cruz latina, da fachada dividida em três quadros, insinuando uma construção trinavada e a austeridade das propostas, insinuam o chamado “estilo chão”, amplamente empregado em Portugal (CÔRTE-REAL, 2001).

Ilustrações de Cataneo: planta de igreja em cruz latina e planta de uma cidade fortificada.

Os tratados também apresentavam propostas para novas cidades, com o intuito de criar formas e estratégias para a proteção da urbe, como por exemplo, a cidade veneziana de Palma Nova, construída em 1593. O projeto de Vincenzo Scamozzi (1548-1616) cria uma cidade de forma ideal, totalmente geométrica. Sua obra, L’idea della architectura universale, é considerada o último tratado de arquitetura do Renascimento. Ele concebe a arquitetura como uma ciência universal orientada por regras matemáticas e geométricas, que definem a relação entre todas as partes do edifício arquitetônico. O Livro II do seu tratado contém o projeto de uma cidade ideal, exercício de Geometria aplicada aos princípios da engenharia militar que já despontava na Europa como uma grande área de conhecimento.

Palma Nova (Google Earth). Cidade ideal de Scamozzi e as cinco ordens da arquitetura.

França, Inglaterra, Alemanha, Países Baixos e Espanha tiveram tratadistas renomados nesse período. Esses livros, a maioria deles rica em desenhos e detalhes técnicos, foi de suma importância para uma sociedade europeia com um grande contingente de analfabetos. Divulgava-se não apenas um estilo ou tendência de arte e arquitetura, mas os princípios técnico-científicos norteadores da arte de projetar e construir edificações e cidades.

REFERÊNCIAS

CÔRTE-REAL, E. O Triunfo da Virtude. As origens do desenho arquitectónico. Lisboa: Livros Horizonte, 2001.

LAMERS-SCHÜLTZE, P. (Coord.). Teoria da Arquitetura do Renascimento até os nossos dias. Köln: Taschen, 2003.

MAROCCI, G. V. P. O Iluminismo e a urbanística portuguesa: transformações em Lisboa, Porto e Salvador no século XVIII. 2011. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2011.

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