Guto Lacaz: cheque mate apresenta um panorama da obra do artista construída desde os anos de 1970, entre o design em todas as suas formas, a transmutação de objetos do cotidiano, performances e a exploração do uso da tecnologia na arte. Na base de tudo, crítica social com humor, experimentação e originalidade. A mostra traz três obras inéditas: Volare, feita especialmente para a exposição, Nomes, recém-criada pelo artista, e Eletrolinhas, de 2004, nunca exposta.
Versátil e surpreendente, Guto Lacaz amplia nossa percepção sobre a vida: revela segredos dos objetos cotidianos e nos ensina a enxergar tudo aquilo que pode parecer desimportante.
Como um inventor cheio de bom humor, o artista manipula as nossas expectativas e provoca reflexões, das mais singelas às mais ácidas, sobre as maneiras como a realidade se apresenta, abrangendo desde diminutos objetos até a amplidão do universo.
Em suma, Guto nos convida à contemplação do inusitado. Emanando, de modo muito natural, a felicidade em descobrir faces novas do mundo, suas obras nos instigam a sorrir.
Formado em arquitetura, ele desenvolveu sua trajetória na arte e no universo editorial, consolidando-se como um dos artistas mais inventivos de sua geração. Sua pluralidade criativa não se limita às referências artísticas, sendo evidente a influência da física, da matemática, da mecânica e da eletrônica em sua produção, que se estende pelas mais diversas áreas das artes visuais – da escultura à videoarte, da edição de livros à performance, da cenografia à ilustração, sempre explorando os limites do possível.
O Itaú Cultural (IC) tem a honra de apresentar esta exposição, que rememora a trajetória de Guto Lacaz e lança um olhar panorâmico sobre o seu processo criativo e sua múltipla fatura. É um passeio por quase 50 anos de uma criatividade atenta e sempre operante, que atesta o contínuo caráter de vanguarda de um dos maiores artistas brasileiros.


