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Estreia! Mário Edson assistiu e comenta Priscilla, de Sofia Copolla

  • Audiovisual, Destaque 1-tela, Secundário 1, Sub-Editoria Tela, Tela
  • 2023-12-20
  • Sem comentários
  • 4 minutos de leitura

Não foi fácil para Sofia Coppola, reconhecidamente, um dos grandes talentos femininos na direção, tocar o projeto Priscilla. Película baseada no livro Elvis and Me, versão de Priscilla Presley para conturbada e abusiva relação com o ídolo.

Ano passado tivemos o Elvis, do Baz Luhrmann, com o Austin Butler, que praticamente incorporou Elvis e encantou o mundo. Não cabem aqui comparações, uma vez que cada nos mostra lados distintos de uma relação que ainda guarda seus mistérios e dúvidas. 

Em Piscilla, Sofia nos mostra o encontro e a conturbada e abusiva relação que nos surpreende quando nos traz a luz um Elvis bastante diferente daquele que nos acostumamos a ver sob as luzes da ribalta.

Quando se conheceram, Priscila tinha 14 anos de idade enquanto Elvis 24. Ambos se encontravam na Alemanha e Priscila, era uma jovem tímida, meio que assustada e longe das amigas em virtude da mudança para Alemanha acompanhando a mãe e o padrasto militar.

O universo das mulheres solitárias, sofridas e sem voz há muito já rondava os projetos de Sofia, e Priscilla guarda suas similaridades, levando-se em conta suas devidas proporções, claro.  A narrativa é centrada completamente em Priscila, que aqui nos dá sua versão dos fatos.

Após se conhecerem, Elvis na maratona de gravações de películas cinematográficas e shows, a timidez e o recatado modo de se comportar encantam o ídolo. que a partir daí passa a viver uma vida dupla: As aventuras em meio aos shows e gravações regadas a affaires com grandes figuras femininas da época, e uma espécie de lado B ao lado de Priscila, que passa a viver com ele numa elaborada versão de contos de fadas, até o casamento – frise-se aqui, Priscila se manteve virgem até o casamento, numa espécie de imposição do astro que em meio a tentativas dela sempre se recusava alertando-a que ainda não era hora, mantendo assim uma espécie de pacto velado com sua família.

Priscilla tornou-se uma espécie de pássaro engaiolado que vivia à sombra do ídolo, numa mansão sob o controle de sua equipe e dele, a saber, que roupa usar, como se comportar, que cor do cabelo adotar, entre outras determinações.

Com Elvis já mergulhado no universo de drogas analgésicas, a relação beira uma rotina espartana, deixando margem a vários questionamentos: Seria um projeto? Numa relação tóxica, Priscilla aguentou até os 27 anos, quando arrumou as malas, apanhou a filha e saiu da mansão para nunca mais voltar. 

Não li o romance no qual Sofia se baseou para de lá tirar o roteiro, portanto, a questão de adaptação passa longe de minhas percepções. Priscilla, no entanto, é uma narrativa melancólica, sombria, onde até a própria paleta de cores usada dialoga com a situação explicitada na tela, é de um marrom  por vezes acinzentado e escurecido, onde na maioria das vezes o rosto do Elvis encontra-se numa penumbra claramente intencional, atitude assertiva, uma vez que o protagonismo ali agora é da Priscilla.

Ao contrário do Elvis  que vimos ano passado, seu lado B aqui mostrado com rara sensibilidade e cuidado pela Sofia é atormentado, algumas vezes violento e o tempo todo tentando nos passar um comportamento apaixonado, sensação que a película não chega a determinar. Um dos pedidos de Pricilla Presley para a atriz que magistralmente a representou, foi que deixasse óbvio que existia amor. Talvez da parte dela em maior intensidade.

A atuação dos atores é convincente. Cailee Spaeny nos brinda com uma Priscilla sob medida e surpreende entrando desde já na galeria das grandes performances. Driblou e evitou as armadilhas do falso e caricato. Já o Jacob Elordi também fez uma boa lição de casa, afinal, depois da exuberante atuação do Butler (no Elvis), o risco das inevitáveis comparações seria uma grande armadilha, ainda que ambos estejam em abordagens completamente distintas, aqui o Elvis intimista e nos bastidores tem outra pegada.

A produção é assinada pela própria Priscilla Presley, o que pode gerar uma suposta narrativa biográfica “chapa branca”, que inclusive não foi bem aceita pela única filha do casal. Lisa (falecida recentemente) vetou a utilização das músicas do Elvis. Ela era contra o projeto e alegou o desejo de vilaniza-lo, o que de fato não aconteceu, afinal tira-lo do protagonismo e inseri-lo no universo narrado por Priscilla não teria necessariamente esse viés.

Ver Priscilla é um exercício, uma experiência singular onde o talento e a sensibilidade da Sofia são, mais uma vez ratificados. As tomadas iniciais, onde os objetos são mostrados, são de um lirismo exemplar.

A reconstituição de época beira a perfeição, assim como o cuidado em não cair no drama exagerado é outro exemplo de que seu desejo foi mostrar os fatos, a versão de uma mulher sufocada e controlada, os bastidores de uma vida regada a glamour e exuberância, que nem sempre nos reserva um final feliz.

Sofia Coppola se firma mais uma vez como uma diretora de raro apuro técnico e detalhista aliado a uma extrema sensibilidade ao adentrar mais uma vez o universo feminino, sutilmente desconstruindo o mito Elvis Presley. 

Ficha Técnica:

Título: Priscilla

Direção: Sofia Coppola

Roteiro Adaptado: Sofia Coppola

Elenco: Cailee Spaeny, Jacob Elordi, entre outros

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