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“Baile da Terceira Idade”, mais um texto que Ildo Simões nos dá de presente

  • Destaque 1-envelhescência, Envelhescência, Sub-Editoria Envelhescência
  • 2024-03-01
  • Sem comentários
  • 2 minutos de leitura

Por Ildo Simões

De tanto ser instigado por meu neto  a arranjar alguma coisa pra fazer, terminei por aceitar seu conselho e fui conhecer um baile da terceira idade.
No meu tempo a gente ia pra festa bem trajado, paletó, gravata, lenço no bolso do paletó, perfumado naturalmente. De acessórios uma cigarreira de prata e piteira. Todo este aparato era necessário para os bailes de antigamente e uma piteira era o charme para assediar as mulheres. Não contava com as modernices de hoje em que as mulheres andam se enfeitando de nudismo e os homens  deixando as madeixas crescerem. Cheguei ao baile e, embora a música estivesse nas alturas, não conseguia ver a orquestra. O som vinha dos dedos de um adolescente que girava um disco sob um circuito de luzes piscantes.
As moças caprichavam nos trajes e nos penteados multicoloridos e de relance pude observar que a média da idade era aí pelos sessenta.
No aguardo de  que tocassem uma polca, uma mazurca ou um bolero mexicano, um casal mais alto que o custo de vida, com cachola cheia de Rum Bacardi, que era a bebida oficial, foi ao centro da esfumaçada pista e pediu rock. Pensando ser uma música lenta pra embalar a festa, convidei uma senhorita para uma contradança.
O garoto da música soltou uma mistura de ritmos alucinantes e os casais saíram a tentar fazer as estripulias da dança. Juntas enferrujadas, colunas empertigadas pelos bicos de papagaio, saíram mesmo foi no empurrão e no salve-se quem puder.
Terminada a música o coordenador pediu 10 minutos de intervalo para ser recolhidos pertences dos dançarinos: 10 perucas de diversas cores; 23 próteses dentárias, 20 peitos de plástico e varias bundas de isopor. Sobrou na pista um calçolão que a dona, por óbvio, não foi recolher.
Alguém de bom senso pediu um bolero na sequência e tirei para dançar a que me pareceu mais composta. Num papo meio contido, conseguimos contar um pouco de nossas vidas no que começou a aconchegar-se e sem mais arrodeio me perguntou pra onde eu ia depois da festa.
-Pra casa , naturalmente
-Pensei que tivesse outras intenções porque estou sentindo que o cavalheiro está animado e como estou viúva há cinco anos, quem sabe um intercurso…
Mal sabia ela que minha animação era o resultado de uma prótese que parecia sempre em estado de alerta.
Felizmente a música acabou e a primeira coisa que me veio a mente foi meu neto que me armou esta cilada.
– A proposta é tentadora mas estou no carro de meu neto e já passei da hora de pega-lo no cinema.
-Trocamos os nossos  telefones e naturalmente dei meu número errado, e marcamos ponto para a festa seguinte.
Meu neto há dois meses que não vê a cara da mesada e minha ocupação no presente é descobrir quem inventou esta chamada melhor idade pra presentear-lhe com uma caixa de chocolate de chumbinho.
Há uma semana que procuro por todos os meios possíveis quem inventou esta história de melhor idade pra mandar-lhe uma caixa de chocolate… recheada de chumbinho
-Ah ia esquecendo. Na dança do rock levaram minha cigarreira de prata.

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