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Salvador 475 – Como nasceu a cidade de São Salvador da Bahia de Todos os Santos

  • História e Patrimônio, Palavras, Principal, Sub-Editoria Palavras
  • 2024-03-29
  • Sem comentários
  • 5 minutos de leitura

Foto: Acervo Setur Ascom/BA

A data de aniversário de Salvador tem relação com o dia em que Thomé de Sousa, o primeiro Governador-Geral do Brasil, aportou na Barra, local onde o capitão-donatário Francisco Pereira Coutinho havia erguido um povoado na década de 1530. Assim, em 29 de março de 1549, Thomé de Sousa aportou na Barra com cerca de mil homens, dentre eles, seis padres jesuítas chefiados pelo padre Manoel da Nóbrega, o mestre de obras Luís Dias, que deveria ter seus auxiliares, soldados, e artesãos dos mais diversos ofícios necessários à tarefa de erguer uma povoação grande e forte.

O Regimento de Almeirim, que definia as diretrizes para o Governo-Geral, também determinava as condições do sítio a ser escolhido para ser construída a cabeça do Brasil: lugar sadio, com abastança de água, com condições de abrigar um porto seguro e que pudessem atracar navios e ter um estaleiro para a manutenção deles (UFBA, 1998). A equipe responsável pela escolha do local deveria contar com o conhecimento dos moradores e a experiência do mestre Luís Dias.

Então, para entender a lógica da instalação da cidade fortificada, vamos nos valer da Cópia da Planta da Cidade do Salvador da Bahia de Todos os Santos com indicação dos muros e circunvalações primitivos da fundação de Thomé de Sousa em 1549, reduzida do original existente no manuscrito Razões do Estado do Brasil, de 1611, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Ela foi elaborada pelo engenheiro Theodoro Sampaio e publicada em seu livro História da Fundação da Cidade do Salvador (1959). Esta planta mostra a parte inicial da cidade, cuja parte alta é chamada núcleo matriz pelos pesquisadores do Centro de Estudos da Arquitetura na Bahia (CEAB/FAUFBA).

O sítio escolhido foi a região entre a Praça Municipal e a atual Praça Castro Alves, que se definiu como a cidade alta, área a ser murada e com portas, o lugar do poder representado pelos burocratas reais e pela estrutura do governo local, o Senado da Câmara. Abaixo, ao nível do mar, uma pequena faixa de terra serviu como primeiro porto da capital.

Dividida em duas partes, separadas por uma escarpa de cerca de 60 metros de altura, Salvador é uma cidade de colina, tradição urbanística aplicada por Portugal desde o século XIII, na reconquista de territórios aos mouros, e a partir do século XV, nas colônias da Ásia, da África e da América (Lobo; Simões Júnior, 2012). O mestre Luís Dias foi o responsável pelas obras e pela definição do desenho final da cidade, e tinha como parâmetros as determinações do Regimento de Thomé de Sousa e o plano inicial atribuído a Miguel de Arruda, conselheiro de D. João III. A segurança foi um dos requisitos fundamentais para a fundação da cidade no sítio. Portanto, na cidade baixa, atualmente o trecho entre a Praça Cairu e a Preguiça, foram construídos baluartes de proteção aos armazéns e edifícios.

Na cidade alta definiu-se o local da fixação da administração do Poder Régio e das instituições religiosas, além dos quarteirões para a construção das residências dos colonos. O núcleo matriz se organizou das muralhas, feitas de taipa, para dentro. O limite das muralhas não foi definido senão por acidentes naturais (Marocci, 2011). Além de contar com a proteção da encosta íngreme, a oeste, a leste a cidade era protegida pelo vale de um ribeirinho (depois chamado de rio das Tripas), ao norte e para o sul, depressões naturais do terreno também definiram o limite da cidadela.

A área intramuros foi dividida em quarteirões quadrangulares separados por ruas. A preocupação principal não era tanto com a forma dos quarteirões e, sim, com a dos alinhamentos. A principal rua, eixo longitudinal que vai de uma praça à outra, era a rua Direita dos Mercadores, assim chamada porque nela se instalaram casas de vendas de produtos de melhor qualidade, no varejo. Era chamada também de rua Direita do Palácio. As ruas direitas eram comuns nas cidades portuguesas e tinham relação, não com serem retas, mas serem diretas de um ponto a outro, geralmente com alguma edificação importante ou com uma ocupação profissional. Na planta do núcleo matriz podemos entender melhor a relação entre as ruas da cidade.

Salvador foi, então, construída conforme um plano predefinido, que permitia a adequação às particularidades do sítio escolhido e priorizava a localização dos possíveis edifícios notáveis, seja pela sua arquitetura, seja pela sua representatividade religiosa, política ou administrativa, em locais dominantes. Por isso, ao longo do século XVI, a cidade do Salvador apresentou, em várias fases de desenvolvimento urbano, a consolidação do modelo de cidade em dois níveis, bem como a adição de novas áreas por meio da estruturação de sucessivas ruas longitudinais, eixos de expansão vinculados à implantação de edifícios notáveis.

A cidade foi construída sob o comando do mestre Luís Dias, seus auxiliares, homens que vieram nos navios, entre eles pedreiros, carpinteiros, serralheiros, e muitos outros. Contaram com a mão de obra dos nativos, que habitavam as cercanias do sítio escolhido, e lhes ensinaram a arte dos ofícios mecânicos. Os escravizados africanos chegaram por aqui a partir de 1551, ainda em pouca quantidade, pois registram-se três que vieram trabalhar nas ferrarias da cidade. Anônimos, dezenas, centenas, talvez, de homens que moldaram a cidade, característica da construção civil até hoje: ilustres desconhecidos que nos dão abrigo, água, energia elétrica e comunicações, tecendo diariamente os fios que tornam a nossa cidade viva.

REFERÊNCIAS

LOBO, M. L. da C.; SIMÕES JUNIOR, J. G. (Org.). Urbanismo de colina: uma tradição luso-brasileira. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, Mackpesquisa e IST Press, 2012. (Coleção Academack, v. 14)

MAROCCI, G. V. P. O Iluminismo e a urbanística portuguesa: Lisboa, Porto e Salvador no século XVIII. 2011. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade federal da Bahia, Salvador, 2011.

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Centro de Estudos da Arquitetura na Bahia. Evolução Física de Salvador. Edição Especial. Salvador: Fundação Gregório de Mattos, 1998.

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