A produção do diretor Andrea Tonacci, de 1970, tornou-se um marco por subverter os padrões da indústria da época. Com a entrada do filme no catálogo, a IC Play se torna uma das únicas plataformas de streaming a exibi-la. Do diretor gaúcho, chegam à plataforma O homem que copiava e Saneamento básico, o filme.
Nesta quinta, dia 5 de setembro, a Itaú Cultural Play, plataforma de streaming do IC, recebe três novos filmes: o raro e clássico Bang Bang (1971), de Andrea Tonacci, uma das obras mais representativas do Cinema Marginal, e O homem que copiava (2003) e Saneamento básico, o filme (2007), entre os sucessos do renomado diretor Jorge Furtado.
O acesso à IC Play é gratuito, disponível em www.itauculturalplay.com.br, nas smart TVs da Samsung, LG e Apple TV, nos aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.
Clássico subversivo
Bang Bang (1970), de Andrea Tonacci (1944-2016), é um dos símbolos do Cinema Marginal, movimento que engloba produções feitas entre 1969 e 1973, com baixo orçamento e irreverência artística. Apesar da importância, o longa-metragem não é facilmente encontrado para assistir. Ao chegar na Itaú Cultural Play, a plataforma se torna uma das únicas a tê-lo no catálogo.
O filme, que subverte as estruturas do cinema tradicional, mostra uma perseguição a um homem não identificado. No enredo, o protagonista enigmático e cômico, vivido pelo célebre ator Paulo César Pereio, morto em maio deste ano, passa por várias situações inusitadas. Devido ao seu caráter experimental, Bang Bang demorou para ganhar reconhecimento.
Em abril de 1973, o crítico Paulo Emílio Sales Gomes (1916-1977), escreveu, para o Jornal da Tarde: “Esse Bangue-Bangue de Andrea Tonacci, que a Sociedade Amigos da Cinemateca projetou na semana passada, está pronto há três anos. Desta vez, a barreira não foi a censura, mas o comércio cinematográfico. Trata-se de um filme que provavelmente não interessará em igual medida a todos os públicos, mas é ao mesmo tempo evidente que existem em São Paulo milhares de espectadores à espreita da oportunidade de assistir uma obra nacional desse gênero.”
Obras de Jorge Furtado
Também no dia 5 de setembro chegam ao catálogo dois dos mais famosos filmes do cineasta gaúcho Jorge Furtado, O homem que copiava (2003) e Saneamento básico, o filme (2007).
Estrelado por Lázaro Ramos e premiado em diversos festivais, o primeiro acompanha um operador de fotocopias, que, para impressionar a garota que ama, bola um plano para ficar rico falsificando notas de dinheiro.
O segundo, estrelado também por Ramos, além de Fernanda Torres, Wagner Moura, Paulo José e outros astros da cena nacional, conta a história de um grupo de moradores de uma pequena cidade gaúcha que criam um filme de ficção para arrecadar verba para a construção de uma fossa pela prefeitura. Em ambos, Jorge Furtado aposta na comédia de fundo crítico e reflexivo, capaz de quebrar barreiras de público.
Sinopses
Bang Bang
De Andrea Tonacci (80min, 1970)
Classificação indicativa: A12 – conteúdo sexual, drogas lícitas, nudez e violência
Sinopse: Taxista e passageiro se desentendem durante uma corrida pela cidade. Nas ruínas de um ferro-velho, um trio grotesco de bandidos dá tiros a esmo. Um homem anda sozinho por uma metrópole vazia, enquanto uma perseguição digna de filme policial vai se construindo na cabeça do espectador. A partir dessas personagens e situações, Andrea Tonacci criou um marco do cinema moderno brasileiro.
O homem que copiava
De Jorge Furtado (124min, 2003)
Classificação indicativa: A12 – nudez, drogas lícitas e linguagem imprópria
Sinopse: Um operador de fotocopiadora quer impressionar a garota dos seus sonhos. Para alcançar seu objetivo, o jovem trabalhador acredita que precisa ter dinheiro, o que faz com que ele considere o seguinte plano: falsificar notas com a máquina de xerox. O problema é que tudo começa a dar certo.
Saneamento básico, o filme
De Jorge Furtado (112min, 2007)
Classificação indicativa: A12 – drogas lícitas e nudez
Sinopse: Moradores de uma cidadezinha gaúcha sofrem com a falta de saneamento e exigem que a prefeitura construa uma fossa. A questão é que os cofres públicos não têm verba para pagar pela obra, mas têm para custear a produção de um filme de ficção. Empolgado com a oportunidade de fazer um filme e, ao mesmo tempo, ganhar o dinheiro para a fossa, o grupo cria uma divertida história de cinema.
SERVIÇO:
Novos filmes no catálogo da IC Play
Bang Bang (1970), de Andrea Tonacci, O homem que copiava (2003) e Saneamento básico, o filme (2007), de Jorge Furtado
A partir de 5 de setembro na IC Play
