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Raimundo Freire fala sobra a cachaça, a bebida do Brasil

  • Banquete, Bebida, Destaque 2, Sub-Editoria Banquete
  • 2023-12-15
  • Sem comentários
  • 3 minutos de leitura

Por Raimundo Freire

De certa forma podemos dizer que a história da cachaça começa quando os portugueses trouxeram ao Brasil a cana-de-açúcar e as técnicas de destilação. Em 1502 as primeiras mudas de cana chegaram em terras brasileiras, trazidas por Gonçalo Coelho. Em Pernambuco, entre 1516 e 1526, o primeiro engenho de açúcar foi instalado na feitoria de Itamaracá́. Nas primeiras décadas de presença portuguesa, o número de engenhos no Brasil se multiplicou rapidamente. Em 1585 existiam 192 engenhos de açúcar no país; alguns anos depois, em 1629, já eram 349 engenhos em atividade. Algumas hipóteses apontam versões mais assertivas sobre as possíveis origens da primeira aguardente brasileira.

Três possíveis origens;

A primeira cachaça teria sido destilada entre 1516 e 1532, em algum engenho do litoral brasileiro, entre Pernambuco e São Paulo; dentre elas, destacamos três:

  1. Em Pernambuco, nas feitorias de Itamaracá́, Igarassu e Santa Cruz, entre 1516 e 1526; há registros de importação de açúcar pernambucano para Lisboa em 1526, o que fortalece essa versão;
  2. Em Porto Seguro, Bahia, em 1520, onde há indícios da existência de engenho de açúcar;
  3. No litoral de São Paulo, entre 1532 e 1534, no Engenho São Jorge dos Erasmos, também conhecido como Engenho do Governador, um empreendimento de quatro portugueses, entre eles Martim Afonso de Souza, e do holandês Johan van Hilst.

Primeiro destilado da América?

Mesmo diante da imprecisão de data da primeira destilação no Brasil, é possível afirmar que a cachaça foi o primeiro destilado da América a ser feito em larga escala e ter relevância econômica. A motivação para o sucesso dessa indústria estava baseada na perspectiva colonialista e na economia atrelada ao trabalho escravo.

Com o aumento da demanda de mão de obra para os plantios de cana-de- açúcar nas colônias portuguesas, o comércio de escravos tornou-se para os escravagistas europeus uma importante oportunidade de geração de renda. No fim dos séculos XVI e XVII, num período de escassez de moedas, o comércio de escravos na costa africana era realizado pelo escambo por açúcar, tabaco, tecido, vinho e sobretudo destilados como Brand, rum e cachaça.

“Diferentemente da cerveja e do vinho, que estragavam durante as longas viagens marítimas, o alto teor alcoólico dos destilados preservava a bebida e possibilitava o transporte de mais álcool, ocupando, dessa forma, menos espaço nas embarcações”.

Perseguida por Portugal e símbolo da emancipação brasileira

Com a popularidade da cachaça e com o declínio do comércio da bagaceira, novas medidas de taxação e proibição da produção de cachaça foram implantadas pela Coroa. Essas medidas contribuíram para o descontentamento da colônia e motivaram os primeiros ideais independentes, dando origem a Conjuração Mineira e a morte de Tiradentes. Como símbolo dessa luta pela independência do país, a cachaça era servida nas reuniões conspiratórias dos Inconfidentes.

A partir de 1850 com o declínio do trabalho escravo e a intensificação econômica do café, a nova elite brasileira rejeitava os produtos nacionais, como a cachaça, tida como coisa sem valor, destinada a pessoas pobres, incultas e, geralmente, negras. Contra esse posicionamento discriminatório, surgem intelectuais, artistas e estudiosos com o compromisso de resgatar a brasilidade criticando com ironia e inteligência a incorporação da cultura e do costume estrangeiro. Em 1922, em São Paulo, é realizada a Semana de Arte Moderna, onde Mário de Andrade, um dos seus maiores expoentes, dedica um estudo chamado Os Eufemismos da Cachaça.

Nas últimas décadas, importantes acontecimentos têm contribuído para a valorização da cachaça e seu reconhecimento como patrimônio nacional. Em 1996, o então presidente Fernando Henrique Cardoso legitima a cachaça como produto tipicamente brasileiro, estabelecendo critérios de fabricação e comercialização. Em 2012, uma lei transformou a cachaça em Patrimônio Histórico Cultural do estado do Rio de Janeiro.

Hoje, são mais de 4 mil alambiques espalhados por praticamente todos os estados brasileiros, consequência de um fenômeno único próprio do destilado nacional: embora a cultura da cana-de-açúcar tivesse se desenvolvido em grandes latifúndios, a cachaça sempre se caracterizou pela produção artesanal em pequenos alambiques familiares, o que ocasionou a enorme quantidade de marcas de cachaça espalhadas por todo o território brasileiro.

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