Por Fernanda Mourão, CEO da Futuro Labs
O futuro do trabalho está em transformação, e as previsões apontam para uma mudança significativa na composição da força de trabalho até 2030. De acordo com uma pesquisa da Futuro Labs, em colaboração com Caio Vassão, o setor ‘quartenário’ será responsável por 50% da mão de obra, exigindo um novo nível de criatividade dos profissionais. Mas o que realmente significa ser criativo no contexto do futuro do trabalho?
A criatividade é frequentemente associada a atividades artísticas, como pintura ou música, mas ela vai muito além disso. Criatividade é a capacidade de conectar pontos do nosso repertório de formas inovadoras e únicas. Este conceito amplo de criatividade abrange também abordagens práticas e soluções inovadoras, essenciais em qualquer campo, seja científico, empresarial ou esportivo.
O brasileiro, conhecido por sua natureza criativa e adaptável, está em uma posição privilegiada para liderar essas mudanças. Nossa habilidade de encontrar soluções inovadoras diante de desafios pode ser um diferencial inovador em um mundo onde a flexibilidade e o aprendizado contínuo são cada vez mais valorizados.
A pandemia acelerou essa transformação, impondo novos modelos de trabalho, como o remoto e o híbrido, que vieram para ficar. A flexibilidade será essencial, pois a constante mudança exigirá que trabalhadores e empresários ajustem modelos de negócios e de trabalho, superando os formatos tradicionais.
De fato, a informalidade pode crescer, mas isso não precisa ser negativo. A capacidade de adaptação e a aquisição contínua de conhecimento se tornarão os pilares de um mercado de trabalho mais dinâmico e menos burocrático. Em um cenário onde os escritórios se transformam em espaços de encontro e colaboração, e não mais apenas em locais de trabalho fixo, o entendimento do trabalho como uma atividade e não um local é fundamental. Os espaços físicos devem evoluir para se tornarem multifuncionais, acompanhando as necessidades específicas de cada empresa e colaborador.
Essa transição não é apenas uma previsão, mas uma realidade em construção. O livro “A volta ao escritório Híbrido e Remoto”, coautorado por Dr. Gleb Tsipursky e adaptado para a realidade brasileira, promete oferecer uma visão aprofundada dessas mudanças e orientações sobre como se adaptar a elas. Este tipo de literatura se torna essencial para profissionais e empresas que buscam se posicionar à frente das tendências.
A Futuro Labs, desde sua fundação em 2018, vem promovendo soluções que ressignificam os modelos tradicionais de trabalho, destacando a importância da satisfação do colaborador, a sustentabilidade e a economia de recursos. Em um mundo onde o conhecimento, a arte, a ciência e a inovação passam a ocupar um espaço central, as soluções oferecidas pela Futuro Labs ajudam a otimizar as rotinas de trabalho, facilitando a transição entre jornadas presenciais e remotas.
A transição para o setor quartenário não é apenas uma mudança quantitativa, mas qualitativa. É uma transformação que exige de nós não apenas novas habilidades, mas uma nova mentalidade. E a criatividade, em seu sentido mais amplo, será a chave para navegar e prosperar neste novo cenário. Portanto, ser criativo no futuro do trabalho não será apenas um diferencial – será uma necessidade.
Sobre Fernanda Mourão: Mais de 20 anos de experiência profissional, sendo 15 deles no mercado corporativo, desenvolvendo soluções para otimizar ambientes de trabalho, focando na interseção entre produtividade, bem-estar e sustentabilidade. Hoje como CEO e idealizadora do Futuro Labs, me dedico “Arquitetura do Futuro do Trabalho”. Sua missão é transformar espaços criando modelos flexíveis e inteligentes para um futuro mais humano e altamente conectado.
Com um profundo conhecimento acadêmico em diversas áreas correlatas ao universo do trabalho, graduada em Arquitetura e Urbanismo pelo Mackenzie, pós-graduada em Inovação e Design Thinking pela ESPM e tenho um MBA em Marketing pela FIA Business School. Além disso realizou diversos cursos e especializações em instituições renomadas dentro e fora do Brasil, como Stanford, Cambridge, Babson College, Universitat de Barcelona, Illinois Institute of Technology, FAAP e Insper.